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BULLET FOR MY VALENTINE em Lisboa

Os porta-estandartes do metal moderno trazem o seu mais recente álbum a Portugal a 18 de Fevereiro de 2023.

Os muitíssimo aplaudidos BULLET FOR MY VALENTINE vão voltar à estrada no início do próximo ano para uma colossal tour europeia de promoção ao seu mais recente álbum, «Bullet For My Valentine», que foi reeditado em Abril numa versão expandida com temas inéditos e novo grafismo. O disco, já o sétimo de longa-duração para a banda liderada pelo carismático Matt Tuck, foi editado em plena pandemia e vai servir de mote a uma rota pelo velho continente, que traz pela primeira vez a Portugal os músicos galeses. A banda estreia-se em solo nacional a convite da Prime Artists, com uma atuação na Sala Tejo da Altice Arena, em Lisboa, agendada para 18 de Fevereiro de 2023. Na bagagem, o quarteto – cuja formação fica completa com Tuck na guitarra e na voz, Michael “Padge” Paget na guitarra solo, Jamie Mathias no baixo e Jason Bowld na bateria – traz não só uma demolidora coleção de novas canções, mas também “suporte” de luxo, a cargo dos JINJER e dos ATREYU.

Os BULLET FOR MY VALENTINE são uma das bandas britânicas de maior sucesso dentro do metal neste novo milénio. O quarteto galês seguiu o exemplo das bandas pioneiras dos anos 80, infundiu uma dose de punk no metal, e começou a compor canções melódicas, pesadas e escuras. Empregando uma mistura sinistra de riffage cáustico e bateria a todo o vapor, chegaram rapidamente ao mainstream graças à suas sensibilidades pop, através de álbuns que, em alguns casos, como a estreia «The Poison», fizeram a sua quota parte no cimentar do metalcore como um fenómeno de popularidade. Singles de enorme sucesso como «Scream Aim Fire», «Your Betrayal» ou «All These Things I Hate (Revolve Around Me)» viram-nos a subir às tabelas de vendas e, pelo caminho, transformaram-se num dos maiores grupos de metal do Reino Unido desde os lendários Iron Maiden.

Originário de Bridgend, no sul de Gales – terreno fértil para grupos jovens, a tocar música pesada, ali na viragem dos 90s para os 00s –, o grupo começou com os amigos de infância Matthew Tuck (voz/guitarra), Michael Padget (guitarra/voz), Jason James (baixo) e Michael Thomas (bateria). Todos, à exceção de James, tinham tocado juntos durante vários anos nos Jeff Killed John, que a inexperiência matou cedo demais. Reagrupando sob o novo nome Bullet for My Valentine – e já com James a bordo – deram uma volta ao seu som e, logo depois do segundo concerto, foram contratados pela Visible Noise, selo de Londres que, uns anos depois, lançaria também ao mundo os Bring Me The Horizon. Em Novembro de 2004, os jovens músicos lançaram um EP homónimo no Reino Unido e o álbum de estreia, «The Poison», apareceu logo no Outono seguinte. Um ano depois, estabelecem parceria com o influente selo norte-americano Trustkill, que começou a lançar os discos nos Estados Unidos. Primeiro, saiu «Hand Of Blood», essencialmente uma versão deluxe do primeiro EP, em Agosto. No mesmo ano, ganharam ainda o prémio de Melhor Revelação Britânica para a Kerrang! e foram a atracão principal da XXV Tour da revista. Do outro lado do Atlântico, o lançamento de «The Poison» deu-se só no início de 2006, mas foi seguido por uma enorme digressão de apoio a Rob Zombie, que resultou em vendas de mais de 500.000 cópias só nos Estados Unidos. Enquanto isso, nesse Verão, de volta ao Reino Unido, protagonizaram uma terceira aparição no cartaz do Download. Mostrando uma impressionante ética de trabalho, logo em 2008 apresentam «Scream Aim Fire», o muito aguardado segundo álbum, entrandi de rompante nas tabelas de vendas em vários países (incluindo Reino Unido e Estados Unidos, onde alcançaram as posições 5 e 4, respetivamente). Após mais uma tour pelo globo voltaram ao estúdio, desta vez com Don Gilmore, que tinha acabado de trabalhar com os Linkin Park, a dirigir as sessões. O resultado dessa colaboração ouviu-se em «Fever», de 2010, outro álbum de sucesso, mas com som mais mainstream que os anteriores. Em 2012, Tuck fez uma pausa rápida para gravar com o seu projeto paralelo AxeWound, mas voltou rapidamente no ano seguinte para «Temper Temper», lançado em 2013. Com as mãos mágicas de Colin Richardson por trás da consola, «Venom» veio em 2015, seguindo-se, três anos depois, o sexto de longa-duração, intitulado «Gravity», que marcou o primeiro lançamento com o baterista Jason Bowld.

Em 2021 voltaram à carga com «Bullet For My Valentine», editado através da Spinefarm Records. A banda de Bridgend achou que estava na altura de uma declaração de intenções – o mais recente «Bullet For My Valentine» soa como o álbum mais pesado e feroz que fizeram. “Este é o começo dos Bullet 2.0”, diz Matt Tuck, o timoneiro do grupo. “O novo álbum é uma representação de onde estamos neste momento. A música é fresca, é agressiva, é mais visceral e mais apaixonada que nunca.”

Tendo em conta todas as bandas que, mensalmente, são formadas em países ocidentais em que se leva um dia-a-dia relativamente fácil, não há outra forma de descrever os JINJER senão como uma imensa força da natureza. Criados numa Ucrânia devastada pela guerra e sem tradição no que à música pesada diz respeito, os músicos liderados pela carismática Tatiana Shmailyuk passaram a última década a refutar probabilidades. «Inhale, Don’t Breathe», a estreia do quarteto, de 2012, deixou desde logo uma marca no metal contemporâneo com uma mistura promissora de peso tão técnico como orelhudo. Depois, viram-se catapultados para os holofotes internacionais com «Cloud Factory» e «King Of Everything», de 2014 e 2016, atirando-se de cabeça a um rigoroso esquema de digressões e transformando-se num caso raro de sucesso à escala global; coroado, em 2019, pelo lançamento do muito aplaudido «Macro».

Surgidos na Califórnia na viragem do século, os ATREYU afirmaram-se como um dos mais importantes porta-estandartes do movimento metalcore com a estreia «Suicide Notes And Butterfly Kisses» de 2002. Nos anos seguintes, apesar do ocasional ajuste de formação, os músicos mantiveram-se constantemente em digressão e continuaram a refinar o seu som castigador mas melódico através de uma sequência de discos a que nenhum fã do género pode apontar defeitos. Pelo caminho foram solidificando a base de fãs, com «The Curse» a vender mais de 300.000 cópias, «A Death Grip On Yesterday» a atingir o #9 da Billboard, «Lead Sails Paper Anchor» a ser lançado por uma editora multinacional e «Congregation Of The Damned» a receber aplausos da crítica. Em 2011, sem que nada o fizesse prever, votaram-se a um hiato, mas voltaram a reunir-se quatro anos depois para o sexto álbum de estúdio, «Long Live», que foi sucedido rapidamente por «In Our Wake» em 2018. Após uma tour de celebração de duas décadas de carreira, anunciaram a saída do vocalista Alex Varkatzas, mas – sem perderem tempo – fizeram o impensável e trataram de reinventar-se, com o resultado, intitulado «Baptize», a ser editado em 2021.

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