Helloween ou o Regresso das Abóboras Alemãs

Quem se afirma fã de metal e nunca ouviu falar duma certa banda chamada Helloween corre o risco de ser olhado com desconfiança por qualquer outro membro da tribo.
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Não gostar, tudo bem, porque tudo é uma questão de gosto mas nunca ter ouvido falar desta banda é suspeito.

Nascida na Alemanha, em Hamburg nos idos anos 80, Helloween não é somente uma das bandas mais importantes do género Power Metal mas do próprio Metal. Ponto (e, quem duvidar, é convidado a percorrer os historial da mesma que conta com mais de 15 álbuns para ouvir e analisar).

Foi com toda a alegria que a Sala Tejo do Altice Arena recebeu o Pumpkins United tour. Casa bem cheia, bem-disposta e bem pronta para começar os festejos. E, eis que os festejos começaram, se bem que um pouco atrasados (mas nós perdoamos, amigos). Num palco-passerelle vistoso e com os obrigatórios verdes e cor-de-laranja, ei-los a subirem ao palco. Começaram e não pararam, exceptuando, claro, para falarem divertidos com o público.

© Jorge Pereira

É que, atenção, isto não foi um concerto de metal pesado para reunir maus humores: este concerto foi uma festa das grandes! O primeiro tiro de canhão foi o clássico Halloween que deu o mote ao espírito de tudo o que se seguiu: riffs em forma de lâmina, solos monstruosos a duas e a quatro e a seis mãos (são três guitarristas fenomenais, não o esqueçamos), duas vozes poderosíssimas (Michael Kiske e Andi Deris continuam a ser também, temos que notá-lo, dois anfitriões maravilhosos) e uma bateria em comunhão com um baixo que não deram tréguas.

Em tantos anos de carreira, havia muito por onde escolher e muito foi dado: Dr. Stein, If I Could Fly, Are You Metal? (os presentes eram-no, sem dúvida), Perfect Gentleman (“I’m one of kind, baby /I am le d’Artagnan de coeur / As you may see, candy “ – e assim se vê que a velha galanteria ainda tem espaço num género mais agressivo) e o potente Heavy Metal (It´s The Law).

© Jorge Pereira

Seguiu-se um tocante momento de tributo a Ingo Schwichtenberg, magnífico baterista que partiu para sempre em 1995. Mais algumas pérolas correram, com recurso a enormes balões-abóboras que saltaram de mãos para mãos mas que foram rapidamente chacinados pelo público.

O momento de apoteose? Possívelmente Keepers Of The Seven Keys. Resumindo: uma grande noite oferecida por uma grande banda que encontrou em Lisboa um público ao seu nível

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